sábado, 7 de janeiro de 2012

Propriedades do Perispírito ( 1 ) - PLASTICIDADE

     O perispírito possui grande capacidade plástica (do grego plassein, exprime a característica dos materiais quanto a moldabilidade).

     É, talvez, na reencarnação que esta propriedade se sobressai. O espírito reencarnante sofre uma retração perispiritual ao ligar-se no corpo do bebê, perdendo a antiga forma física (cor, traços físicos, altura, sexo, etc...) e submetendo-se às leis da genética, em conjunto com o planejamento reencarnatório feito pelos Mentores Espirituais, que selecionam o espermatozóide que possua um DNA compatível com as principais características corpóreas que, por necessidade evolutiva, necessite manifestar.

    Nos processos de regressão, expontânea ou induzida, à medida em que o espírito revive a existência pretérita, o perispírito reassume a antiga forma. No livro "Dramas da Obsessão", escrito através da mediunidade sublime de Yvonne do Amaral Pereira, o Dr. Bezerra de Menezes, para auxiliar uma família de Judeus trucidada por Inquisitores psicopatas da Igreja, é auxiliado por um espírito que, em vida pretérita, fora judeu. Para aproximar-se dos familiares que no hoje tornaram-se verdugos implacáveis dos antigos algozes, reassumiu a forma e a aparência de judeu, com tranças, barba, roupagem preta, etc..

   Também na regressão hipnótica vemos o perispírito mostrar sua plasticidade. André Luiz, em Ação e Reação, mostra uma cena em que o chefe de uma falange de "justiceiros" hipnotiza uma mulher, devedora na última existência de um espírito que recorreu aos serviços desta organização. A hipnose, no entanto, não é comum: a mulher regride à forma de um lobo, forma que pertenceu na longa jornada evolutiva que passa pelo Reino Animal.

    A ideoplastia é viabilizada graças a plasticidade perispiritual. Um espírito pode alterar sua aparência, como em Loucura e Obsessão, onde o Dr. Bezerra acompanha um jovem com tendência homossexual que tenta resistir às investidas de um tio, que fora seu parceiro sexual no pretérito. O rapaz procurou auxílio em uma casa de umbanda, e, na ação conjunta da nobre entidade que guiava aquele humilde pedreiro que dedicava as horas vagas para o auxílio ao próximo, vemos o encontro de um Exú e uma Pomba-gira, dois seres deformados, com direito a chifres, pata de bode e outros ornamentos que os tornavam terríveis aos olhos dos homens (era o objetivo). A ideoplastia que aplicaram em seus perispíritos foi tão intensa que não se reconheceram senão após muita conversa: haviam sido escravos, marido e mulher, e a origem da dor estava na destruição da sua família pelos seus senhores.

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